São Paulo, terça-feira, 4 de novembro de 1997 |
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Cai o consumo de vinho na França Francês bebe metade do que bebia em 70 MARIANE COMPARATO
"Mas o ritmo de redução de consumo diminuiu", disse à Folha o diretor de pesquisa do Inra, Daniel Boulet. Segundo ele, o chamado "paradoxo francês" -que diz que consumir vinho com moderação faz bem à saúde- ajudou a não baixar tanto o consumo. Mesmo assim, os franceses continuam os maiores consumidores de vinho no mundo. O que assusta é que o consumo é particularmente baixo entre os jovens. De dez garrafas vendidas, nove são compradas por maiores de 35 anos. Para o sociólogo Gérard Mermet, o vinho representa a geração dos pais, com a qual os adolescentes querem romper: "Representa passado de tradição e cultura". Boulet tem outra explicação: "O vinho na França é bebida que acompanha a refeição. Jovens costumam comer em fast foods, que não servem bebidas alcoólicas". Apenas 27,8% dos franceses afirmam consumir regularmente, ou seja, uma média de 200 litros por ano. Já 32,2% da população declarou que não toma vinho. Desses, 60% disseram não gostar do sabor. Dados da Onivins (Ofício Nacional Interprofissional dos Vinhos) mostram que o vinho tinto representa 76% das compras, o rosé, 13%, e o branco, apenas 11%. Os franceses preferem vinho bordeaux (43%). O côte-du-rhône vem em segundo, com 10,2% das preferências, seguido do beaujolais (5,3%) e do bourgogne (5,1%). A maior produção na França é a de bordeaux: 605,3 milhões de litros por ano. Texto Anterior: Artistas líricos esbanjam excentricidades Próximo Texto: Festival de Leipzig premia filme russo Índice |
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