São Paulo, quinta-feira, 6 de novembro de 1997 |
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Bovespa fica mais cautelosa e cai 2,59%
VANESSA ADACHI
Após três dias de alta, a Bolsa de Valores de São Paulo cedeu 2,59% diante da volta dos rumores sobre instituições financeiras em dificuldades e da conscientização de que havia certa precipitação nas recentes altas. Durante o período da manhã e início da tarde, a Bovespa oscilou em torno do zero a zero. No meio da tarde, no entanto, voltaram a circular pelas mesas de operação comentários de que alguns bancos estariam com dificuldades para liquidar suas posições na BM&F (Bolsa de Mercadorias e de Futuros). Alguns dos nomes eram os mesmos da semana passada. Mas falava-se também de um banco paulista de médio para grande porte, com atuação no varejo. A BM&F voltou a negar que houvesse algum registro de caso de inadimplência. Nem mesmo o surpreendente ágio de mais de 70% obtido na venda da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) empolgou os investidores. Valeu a velha máxima de que o mercado "compra no boato e vende no fato". Ou seja, a avaliação é de que os ganhos de segunda (9,70%) e terça-feira (4,01%) já antecipavam o sucesso da privatização. O cenário externo também não colaborou. A Bolsa de Hong Kong voltou a cair, fechando em baixa de 0,92%. Em Tóquio, a Bolsa caiu 0,31%. As moedas asiáticas tiveram mais desvalorizações. A rúpia foi cotada a 3.300 por dólar, enquanto no dia anterior havia sido negociada a 3.260 por dólar. O bath da Tailândia, que havia se recuperado no início da semana, também baixou e foi cotado a 39,20 por dólar. O dólar de Cingapura recuou e foi negociado a 1,57 por dólar norte-americano. O mercado novaiorquino, que costuma inspirar as negociações locais, teve um dia fraco. O índice Dow Jones fechou com inexpressiva valorização de 0,04%. Texto Anterior: Grupo dos 15 quer regras "anticrash" Próximo Texto: Mercados de juros e dólar voltam a subir Índice |
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