São Paulo, sábado, 8 de novembro de 1997
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Para PF, Jorgina temia ser morta

WILLIAM FRANÇA
DO ENVIADO ESPECIAL A CARTAGENA

A Polícia Federal concluiu que a advogada Jorgina Fernandes optou por se entregar à Justiça da Costa Rica, na última segunda, porque estava com medo de ser morta. Segundo a PF, ela deu um calote nos guerrilheiros (os "contras") do norte da Nicarágua, que foram contratados para cuidar de sua segurança.
Segundo a Folha apurou, Jorgina havia negociado sua proteção com os "contras" e não cumpriu o combinado. O acordo incluía o cruzamento da fronteira entre a Costa Rica e a Nicarágua sempre que necessário.
Essa descoberta ocorreu depois que a PF identificou guerrilheiros nicaraguenses como seguranças de Jorgina. Até então, pensava-se que ela era protegida por mercenários colombianos.
Segundo o diretor-geral da PF, Vicente Chelotti -que estava ontem em Cartagena, na Colômbia-, o acordo assinado ontem entre o Brasil e a Colômbia, de troca de cooperação judiciária em matéria penal, servirá para agilizar as investigações nesse país.
Chelotti disse que Jorgina só chegará ao Brasil em quatro meses. Ao se entregar à Justiça antes de ser presa, ela conseguiu que seus advogados entrassem com recursos para regularizar sua situação na Costa Rica.

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