São Paulo, sábado, 8 de novembro de 1997
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Padre que matou bispo é assassinado

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O padre Hosana de Siqueira e Silva, 85, que em 1957 matou a tiros de revólver o bispo de Garanhuns, dom Francisco Expedito Lopes, foi assassinado ontem a pauladas na fazenda onde morava, em Correntes (278 km de Recife).
Silva foi atingido com vários golpes na cabeça e, até o final da tarde, o assassino não havia sido identificado. A polícia designou o delegado José Carlos Pereira, de Caruaru, para investigar o caso.
O corpo da vítima seria levado ao IML (Instituto de Medicina Legal) em Recife para exame. A chegada estava prevista para as 22h.
O padre vinha tentando obter o perdão do Vaticano pelo crime e, na última visita do papa João Paulo 2º ao Brasil, tentou -sem conseguir- um encontro com ele.
A solicitação feita ao Vaticano também não foi respondida e Silva se recusava a comentar o crime -supostamente provocado por seu envolvimento com mulheres.
O crime ocorreu no dia 1º de julho de 57 e obteve repercussão mundial. Foi o primeiro caso na história da Igreja Católica na América Latina em que um padre matou um bispo. Dom Francisco foi morto com três tiros um dia após suspender Silva de suas funções.

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