São Paulo, sábado, 8 de novembro de 1997
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Acordo de 96 admite PM na USP

OTÁVIO CABRAL
DA REPORTAGEM LOCAL

Um acordo firmado em 21 de novembro de 96 entre o reitor Flávio Fava de Moraes e o tenente-coronel José Francisco Giannoni, comandante do 16º Batalhão da Polícia Militar, permite a presença da PM na Cidade Universitária.
Até então, devido à autonomia da universidade, a polícia só podia entrar no campus quando chamada pela reitoria. Acordo semelhante foi assinado com o Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos) para combater o tráfico de drogas na USP.
Segundo Giannoni, o acordo prevê a presença diária de quatro policiais fazendo rondas no campus em parceria com a guarda universitária.
"A universidade cede o carro e um guarda como motorista. O policial militar o acompanha para dar poder de polícia à ronda", afirma Giannoni. Segundo ele, a criminalidade na universidade caiu 50% desde o acordo.
O tenente-coronel explica que o acordo prevê apenas a circulação de policiais pelas ruas do campus. A entrada em prédios de escolas, alojamentos e departamentos só é permitida quando solicitada.
"A autonomia universitária continua preservada. Se encontramos alguém usando drogas, levamos para a reitoria, não para a delegacia. Não queremos confronto com estudantes."
O assessor Ruy de Campos da Silva diz que a presença da PM é necessária pelo aumento da criminalidade na USP e porque os seguranças andam desarmados.
(OC)

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