São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 1997
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Câmara pode votar CPI da Propina

DA REPORTAGEM LOCAL

A Câmara Municipal deve decidir nesta semana se aprova ou não a CPI da Propina, para apurar denúncias de irregularidades envolvendo funcionários das administrações regionais e da própria Câmara. Três pedidos para instauração da comissão foram protocolados na semana passada.
Reportagens publicadas pela "Folha da Tarde" e pela Folha mostram que assessores de vereadores encaminham camelôs a fiscais de regionais, que cobram para permitir a montagem de barracas ilegais na cidade.
Vereadores do PT e do PSDB temem que a bancada governista emperre a aprovação, apesar de o primeiro pedido da CPI ter sido feito pelo presidente da Casa, Nelo Rodolfo (PPB), um dos citados nas denúncias.
Na última quinta-feira, Rodolfo disse que a CPI não é a única forma de que a Câmara dispõe para apurar as irregularidades.
Na sexta-feira, a bancada governista abandonou a sessão para que a CPI não fosse votada. No final do dia, Rodolfo determinou a abertura Comissão Especial de Sindicância para apurar as denúncias.
Essa comissão tem menos poder do que uma CPI. Ela não pode, por exemplo, ouvir os vereadores supostamente envolvidos nas irregularidades.
Para a oposição, o fato de Rodolfo ter protocolado seu pedido de CPI primeiro significou uma estratégia da bancada governista para ficar com a presidência da comissão caso ela seja aprovada.

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