São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 1997 |
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'Profissional sofre, mas não pode chorar'
DA SUCURSAL DO RIO Acostumada a tratar e curar pacientes de doenças infecciosas graves, como tuberculose e meningite, a infectologista Maria Regina Cotrim Guimarães estranhou quando a epidemia de Aids a fez conviver com seguidas mortes."Até então, a cura era uma grande possibilidade. A Aids não tem cura, então tivemos de buscar outras formas de esperança", afirma. Ela diz que, por ser uma doença incurável, a Aids cria uma ligação próxima entre médico e paciente, exigindo confiança mútua. Para o profissional de saúde, o contato traz o desafio de manter uma linha equilibrada. "O médico sofre ao ver as perdas sucessivas que o paciente sofre, sua debilidade física. Por outro lado, eu não posso chorar nem ser dura demais, senão o paciente não confia em mim", afirma. Outra dificuldade apontada pelos profissionais que atendem soropositivos é a velocidade dos avanços científicos. No segundo semestre de 97, o Ministério da Saúde abriu 2.197 vagas para cursos de aperfeiçoamento. Texto Anterior: Positivo não sai às sextas Próximo Texto: Vício de comprar pode ocultar problema Índice |
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