São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997 |
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Não tem fim Não tem fim NELSON DE SÁ
O registro do SBT ecoou pela televisão. Foi feito à noite, mas acumulou-se o dia todo, nos telejornais e em ``tempo real". Frases assustadas: - Abriu em queda e ela se tornou ainda maior... Nenhuma ação subiu desde que a Bolsa abriu... Iminência de suspensão!... Mercado muito nervoso... Pregão paralisado!... O pregão foi retomado, mas a situação não é boa. A crise parece que continua. ``Parece", porque nada acontece como previsto. Perdeu menos um ou outro investidor do que o pacote. Não foi só a CUT que ``queimou simbolicamente o pacote", como se ouviu ontem. Desconfiança que começou quando a cobertura reproduziu a pesquisa com a rejeição do pacote pela ``maioria absoluta dos paulistanos". E amontoaram-se as más notícias, os ``sustos". A inflação da Fipe cresceu. A FGV também admitiu alta. ``O efeito do pacote sobre a inflação será maior do que o estimado inicialmente." Em dois dias, registrou a Globo, o rombo da balança comercial atingiu proporções assustadoras. E as Bolsas asiáticas voltaram a cair, derrubando negócios pelo mundo. Hong Kong, Tóquio, Zurique, Londres, Nova York. Se não bastasse, o PFL fechou com os ``pessimistas" e questionava sem parar o pacote. Ainda Inocêncio Oliveira, após reunião com ACM: - Em todos os planos, pacotes do governo, a classe média paga a conta. É a hora de defender a classe média. Não é à toa que o mercado brasileiro, ou todo o Brasil, estava ``bastante nervoso". * Que festejem os moralistas. Ontem a CNT cobriu largamente e louvou o início do recolhimento, pela polícia, de ``pornografia" nas bancas. Texto Anterior: Veja as modificações no texto aprovado no plenário Próximo Texto: Não tem fim Índice |
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