São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997
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Número de casas com telefone sobe 16,3%

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O número de habitações brasileiras equipadas com telefones cresceu 16,3% entre 1995 e 96, segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio), feita anualmente pelo IBGE. Em relação a 92, a taxa de crescimento acumulada até 1996 era de 33,6%.
Apesar do crescimento elevado, apenas 25,4% dos domicílios brasileiros estavam equipados com telefones em 1996. Esse total era de 19% em 1992 e de 22,3% em 1995.
Segundo estatística mundial divulgada pela empresa alemã Siemens, o Brasil tinha no final de 96 uma linha telefônica para cada 13,2 habitantes. A Argentina tinha uma linha para cada 5,57 habitantes.
Nos Estados Unidos, a proporção era de uma linha para cada 1,57 habitante, e na Suécia a relação era de uma linha para cada 1,46 habitante. A comparação do número de linhas por habitante não representa exatamente a mesma relação que a estatística do número de domicílios equipados com aparelho.
Mas, segundo a analista do IBGE Vandeli dos Santos Guerra, a estatística de crescimento de telefones é a mais expressiva do quadro geral de melhoria de conforto nas casas brasileiras detectado pela PNAD de 96.
Na comparação entre as áreas urbana e rural, a desproporção entre as casas equipadas com telefones é grande. Na primeira, a cobertura é de 30,3% do total, enquanto no campo, apenas 4,5% dos domicílios tinham telefones em 1996.
Regionalmente, a desproporção também é acentuada. Enquanto no Nordeste há telefones em 20% dos domicílios, no Sudeste essa proporção cresce para 34,9%.
A maior taxa de crescimento de 95 para 96 em termos de presença de eletrodomésticos e outros aparelhos nas casas foi a de freezers, que alcançou 19,4%. O percentual de domicílios equipados com o aparelho, contudo, ainda era muito pequeno, apenas 18%.
Também era pequeno o percentual de casas equipadas com máquinas de lavar em 96, apenas 30,4%. O crescimento em relação a 95, contudo, foi o segundo maior, com uma taxa de 16,5%.
O equipamento eletrônico com maior presença nos domicílios em 96 ainda era o rádio, existente em 90,4% deles (88,8% em 95), seguido da televisão, presente em 84,3% das casas (81% em 95). As geladeiras estavam presentes em 78,2% dos domicílios (74,8% em 95).
Em termos de serviços públicos, a melhor taxa em 96 era de iluminação elétrica. Um total de 92,9% dos domicílios contavam com esse serviço (91,7% em 95), sendo 98,9% na área urbana e 66,9% na área rural. A PNAD mostrou ainda que, em 96, 73,2% das casas brasileiras eram servidas por coleta de lixo (72% em 95), 63,6% tinham esgotamento sanitário e 77,6% eram abastecidas por rede de água.

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