São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

A decisão deve ser da família

MÁRCIA PERISSINOTTO

Essa lei não se justifica porque a decisão deve ser da família, e não imposta por um deputado, que deveria estar preocupado com coisas mais importantes.
Se os pais concordam que seu filho menor de idade faça uma tatuagem ou um piercing, tudo bem. É a consciência de cada pai e mãe que deve pesar, e não uma lei proibitiva. Acho também que deve haver um diálogo entre os pais e os filhos para que as pessoas tomem as decisões corretas.
Nos dias de hoje, a sociedade está menos preconceituosa em relação às tatuagens e piercings. Para comprovar que a aceitação aumentou, é só ir a portas de escolas e ver a meninada com os adereços.
Eu, particularmente, não gosto de piercing. Não acho bonito (apesar de sua filha Paula, 16, ter piercing no nariz). Pro meu gosto, no máximo um ou dois brincos na orelha é suficiente. Mas não acho que um enfeite vá influir na educação dos meus filhos.
Já de tatuagens, eu gosto muito, acho uma forma de arte. Meus três filhos têm e sempre os incentivei. Acho que não será feita fiscalização, porque, depois de algum tempo, as leis são deixadas de lado nesse país.

A professora Márcia Perissinotto, 45, é mãe de três jovens com tatuagens e piercings

Texto Anterior: Censura em tempos modernos
Próximo Texto: A lei preserva os jovens
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.