São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Policial e camelô sustentam versão

DA REPORTAGEM LOCAL

O policial ferroviário Waldemar Camaru confirmou ontem que os agressores do ambulante Paulo Barroso dos Santos estavam em veículos da Prefeitura de São Paulo. Ele foi um dos que socorreu o camelô após o espancamento.
"Não tenho dúvidas de que eram carros da prefeitura, embora eu não possa reconhecer nenhuma pessoa, porque me ocupei de socorrer o ambulante", disse Camaru. Foi ele quem passou à polícia a placa da Kombi da Regional da Sé envolvida, que havia sido anotada por testemunhas.
A ambulante Iraci Santos Santana, 29, que trabalha nas imediações da Estação da Luz, disse que presenciou o espancamento e que os agressores estavam em veículos da prefeitura. "Eles tinham caminhões, tinham Kombis e eram umas 40 pessoas ao todo", conta.
Segundo ela, não eram fiscais que costumam atuar na área da Luz. "Conheço mais ou menos bem o pessoal que passa sempre aqui. Aqueles lá me eram estranhos", afirmou ontem.
Policial ferroviário que não quis se identificar afirmou que os homens que aparentavam ser fiscais exigiam R$ 50 do ambulante.
12 anos de prisão
Segundo o delegado Carmo Aparecido de Camargo, do 2º Distrito Policial, caso seja confirmado que a morte do ambulante teve como causa o espancamento, os responsáveis podem pegar de 4 a 12 anos de prisão. "Será uma lesão corporal seguida de morte", disse.

Texto Anterior: Reportagens mostram corrupção
Próximo Texto: Fiscais são acusados por morte de camelô
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.