São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997
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Bolsa de São Paulo é de novo maior vítima do crash global

Bovespa cai 10,2% após acionado sistema que limita a queda

DA REDAÇÃO

Dois dias após a divulgação do pacote fiscal, a Bolsa de São Paulo registrou ontem o segundo pior desempenho desde o início do crash global.
Arrastada pela tendência mundial, a Bovespa teve mais uma vez a maior queda do dia. A baixa foi de 10,2%, depois de acionado o sistema anticrash, que suspendeu o pregão por meia hora. Nenhuma das ações que compõem o índice subiu.
O resultado evidencia que o esforço do governo não foi suficiente para atrair de volta o capital estrangeiro que irrigava o mercado antes da crise. Investidores que precisam vender para fazer caixa encontram um mercado com pouca liquidez, o que derruba os preços. A procura por dólar continua forte.
No exterior, os títulos da dívida externa, que refletem o grau de confiança dos investidores estrangeiros, tiveram queda. O principal deles, o C-Bond, recuou 5%.
Os mercados não reagiram favoravelmente nem mesmo ao anúncio do Fed (o banco central dos EUA), que iria manter inalteradas as taxas de juros. Em Wall Street, a Bolsa de Nova York fechou com baixa de 2,08%.
Depois da desabada de ontem, a Bolsa de São Paulo acabou ficando atrás da renda fixa no ranking de aplicações deste ano. Depois da valorização de até 93%, registrada antes da crise, a rentabilidade declinou para 11,1% de janeiro até ontem. No mesmo período, até a poupança rendeu mais (12,6%).

LEIA MAIS sobre o crash e o pacote fiscal nas págs. 2-3 a 2-20

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