São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Combustíveis terão reajuste no sábado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo decidiu antecipar para a 0h de sábado a entrada em vigor dos novos preços da gasolina e do óleo diesel, prevista originalmente para a próxima segunda-feira.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a alteração teve o objetivo de evitar eventuais especulações com estoques dos combustíveis. Ou seja: os postos poderiam evitar a venda durante o fim-de-semana aguardando a entrada em vigor dos novos preços.
O pacote fiscal editado na última segunda-feira pelo governo determinou um aumento de cerca de 6,3% no preço da gasolina.
Os demais combustíveis -como álcool, óleo diesel e gás de cozinha- devem sofrer aumentos diferenciados, em índices a partir de 3%.
Os reajustes começam a valer nas refinarias. O repassasse ao consumidor só deve ocorrer depois.
O governo não definiu com exatidão os novos preços que os consumidores vão pagar pelos combustíveis. Eles serão diferentes em cada região do país, de acordo com os subsídios que serão cortados.
Assim, em São Paulo o preço da gasolina ao consumidor deve subir até 6,3%, como resultado de um aumento de 9% às refinarias.
Como o preço de revenda é livre, esse índice poderá ser menor, caso os revendedores decidam absorver parte do aumento -ou maior, caso ampliem suas margens.
Em algumas regiões, o aumento da gasolina deve ser maior que 6,3%. É que o governo está cortando subsídios ao frete da gasolina. Isso pode ter impacto de até 7% nos preços da região Norte.
Também estão sendo eliminados subsídios ao álcool anidro -que é misturado à gasolina- em várias partes do país. Isso poderá provocar aumento adicional de 0,1% a 3,7% no preço da gasolina.
Em São Paulo, o gás de cozinha deve aumentar 5,09%, no posto de distribuição. No Rio de Janeiro, o índice deve ficar em 4,95%.
Nas demais regiões do país, o gás de cozinha também terá aumentos diferenciados, devido a corte de subsídios ao frete. O menor, de 3,1%, vai ocorrer em Boa Vista (RR). O maior será de 5,2%, em São Luís (MA).

Texto Anterior: Medidas não cobrem aumento com dívida
Próximo Texto: Governo não vai ficar de braços cruzados, afirma presidente
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.