São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997 |
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Para BC, é natural mercado nervoso
CARI RODRIGUES; ALEX RIBEIRO
Mesmo após a edição do pacote fiscal, o mercado de dólares voltou a viver momentos de tensão e o BC continuou a registrar saída de recursos no mercado livre de câmbio (inclui exportações, importações e investimentos em Bolsas). "Os mercados futuros (do dólar) abriram mais nervosos, mas muito mais calmos do que há duas semanas", disse o diretor do BC, referindo-se ao ápice da crise no câmbio, quando o BC foi obrigado a fazer sete leilões de venda de dólares em apenas um dia. Pinho Neto minimizou a importância da pressão da cotação do dólar no mercado futuro. Desde o início da manhã, os contratos futuros de câmbio estavam sendo fechados projetando desvalorização do real maior do que a normal. Ontem, o BC voltou a vender títulos públicos com correção cambial. Foram vendidos R$ 500 milhões desses papéis, com o objetivo de oferecer ao investidor garantias de que manterá a política cambial. "Fizemos uma boa venda. Acho que vendemos tudo. Estamos dando tranquilidade ao mercado", disse Pinho Neto. Para a próxima segunda-feira foram marcados novos leilões de papéis cambiais, num total de R$ 5 bilhões. No mercado à vista, o BC continuou a registrar saída de dólares. Um dia após o pacote fiscal, divulgado na segunda-feira, foi registrado fluxo negativo de US$ 48,1 milhões para o exterior. Na segunda-feira, dia em que a equipe econômica anunciava o conjunto de medidas, US$ 121,8 milhões deixavam o país pelo mercado de taxas livres. Técnicos do câmbio do BC, entretanto, consideraram pequeno o volume de dólares que deixou o país nesta semana. Sinal de que a fuga de dólares não assume proporções preocupantes seria o leilão de compra da moeda norte-americana realizado pelo BC anteontem. O BC considerou positivo o leilão de compra, no qual a instituição teria adquirido volume capaz de recompor parte das reservas internacionais queimadas nas semanas anteriores. Texto Anterior: Pacote sai na capa do Wall Street Journal Próximo Texto: Alencar volta atrás e só deve demitir 500 Índice |
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