São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997
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Banco Icatu lança plano para o Vasco

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

A dois dias da eleição no Vasco, a chapa de oposição apresentou ontem um compromisso de parceria com o banco Icatu para explorar comercialmente a marca do clube, o segundo do Rio e um dos cinco de maior torcida no país, de acordo com várias pesquisas.
Ao lado dos candidatos da oposição, a empresária Cati de Almeida Braga, da família que controla o Icatu, falou pela primeira vez sobre o projeto de investimentos do banco no futebol.
O plano para o Vasco está condicionado à vitória da oposição amanhã, contra a chapa que tem como vice-presidente o deputado Eurico Miranda (PPB-RJ).
O Icatu faria um estudo de potencial da marca Vasco da Gama e se uniria ao clube para explorá-la.
"O futebol é visto hoje em todo o mundo como um 'business' (negócio) de grande potencial. Há 20 milhões de torcedores do Vasco no Brasil. Quantas centenas, ou milhares, de empresas não se disporiam a pagar ao clube para ter acesso a um mercado de 20 milhões?"
Para ela, "as empresas vão querer pagar um bom preço". A empresária deu outro exemplo de como o clube, mesmo sem ser legalmente uma empresa, pode faturar.
Na sua estimativa, o estádio de São Januário vale entre US$ 65 milhões e US$ 70 milhões. "Podemos melhorá-lo, tornando-o mais confortável." Com isso, o clube também lucraria mais.
Entre os nomes da oposição, estão Jorge Salgado (candidato a presidente, dono de corretora de valores) e Olavo Monteiro de Carvalho (do grupo empresarial Monteiro Aranha).
O projeto do Icatu não é inscrever sua marca na camisa, mas, com o clube, vender esse espaço, entre outros negócios.
O plano tem características menos radicais, em comparação com o que o banco Opportunity negocia com o Flamengo -o banco compraria o futebol do clube, assumindo toda a administração.

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