São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997 |
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Prejuízo leva Federação a apelar à CBF Jogo da seleção é deficitário ALEXANDRE GIMENEZ
A CBF cobra uma cota de US$ 400 mil pelo jogo da seleção. Com as restrições impostas pela entidade -exclusividade na venda de placas publicitárias e nos direitos de TV-, a única forma de os organizadores das partidas da seleção recuperarem seus investimentos é com a venda de entradas. Contra Gales, 11.894 pessoas compraram ingressos. A renda foi de R$ 176.385,00. O prejuízo somou R$ 223.615,00 Weber Magalhães, 39, presidente da Federação Metropolitana, esperava que a partida desse um lucro de, no mínimo, R$ 140 mil -o mesmo registrado em abril, contra o Chile, também em Brasília, vencido pelo Brasil por 4 a 0. A federação colocou 40 mil ingressos à venda para o jogo contra Gales -contra o Chile, foram 30 mil. Se todos fossem vendidos, a renda chegaria a R$ 600 mil. Os dois jogos anteriores da seleção também deram prejuízo. Contra o Equador, em Salvador, foi de R$ 500 mil. Contra Marrocos, em Belém, os organizadores tiveram que dar desconto de 50% para levar o público ao estádio. "Vamos conversar com os dirigentes da CBF e pedir um abatimento", disse Magalhães. Ele confirmou à Folha que é presença assídua nas festas que a CBF promove em uma mansão alugada por R$ 12 mil mensais em um bairro nobre de Brasília todas as terças-feiras. "Fui em quase todas." Nessa mansão, a CBF reúne deputados para convencê-los a não votar a favor da lei Pelé. "Sou filiado à CBF. Minha obrigação é receber os dirigentes", disse Magalhães. (ALEXANDRE GIMENEZ) Texto Anterior: Marcel usa erro de rivais Próximo Texto: Arábia Saudita garante vaga na Copa Índice |
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