São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997
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Portugal extradita brasileiro

MARIA LUIZA ROLIM
DE LISBOA

O engenheiro Miguel Orofino, que era procurado pela Interpol e estava preso em Portugal desde o dia 15 de outubro, foi extraditado ontem para o Brasil, por decisão do Tribunal da Relação de Lisboa.
Acusado de ter desviado, há nove anos, US$ 22 milhões em dinheiro público, quando era superintendente das obras da ponte Pedro Ivo Campos, em Florianópolis (SC), Orofino desembarcou ontem à noite, no Aeroporto de Guarulhos, escoltado por agentes da Polícia Federal, devendo seguir hoje de manhã para Santa Catarina.
Orofino chegou acompanhado por sua ex-secretária Meire Ouriques, com quem vive desde que fugiu do Brasil em 1992. Ela também será ouvida pela polícia.
Essa é a primeira vez que um brasileiro é extraditado de Portugal. O pedido foi feito pelo ministro Íris Resende. Orofino, que entre 1987 e 1991 cometeu os crimes de prevaricação (abuso de confiança), corrupção passiva, peculato e falsidade ideológica, ficará preso em Florianópolis, onde desde 1992 responde a cinco processos.
Miguel Orofino, que foi preso em Portugal pela Polícia Judiciária portuguesa (equivalente à Polícia Federal), era uma das cinco pessoas mais procuradas pela Interpol. Os demais eram os assassinos de Chico Mendes (presos em 1995), o traficante Curica (o segundo homem do Cartel de Cali, preso este ano) e Jorgina de Freitas (a advogada das fraudes do INSS, que se entregou semana passada).

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