São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997
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'Chuva de verão' alaga e corta luz em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma chuva de 18 mm e duração de cerca de 40 minutos deixou parte da cidade de São Paulo sem luz, alagou nove pontos da marginal Tietê e causou 97 km de congestionamentos, na tarde de ontem.
A Eletropaulo não soube informar quantas casas ficaram sem luz. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, houve falta de luz em pontos isolados de toda a cidade.
A chuva, que foi acompanhada de rajadas de ventos de mais de 40 km/h, fez o comércio da rua 25 de Março baixar as portas. Na Vila Formosa (zona sudeste), uma árvore caiu sobre dois carros.
Segundo a Eletropaulo, a falta de luz foi causada por objetos que atingiram a rede elétrica por causa dos ventos, desligando alguns circuitos.
Nos Jardins (zona sudoeste), lojas e estabelecimentos comerciais ficaram por cerca de duas horas sem luz. Foi o caso da clínica do cirurgião Vicente Amato Neto.
Segundo a administradora da clínica, Cláudia Petreche, os médicos tiveram que fazer atendimentos à luz de lampiões. "Está tudo muito precário", disse a administradora às 17h, quando ainda não havia luz.
Na região da marginal Tietê, os problemas começaram às 16h30, logo após a chuva. Nesse horário, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), os congestionamentos atingiram 91 km, contra 34 km anteontem.
Frente fria
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) informou que a tempestade de ontem foi uma típica "chuva de verão", causada pela evaporação de água devido ao excesso de calor. A temperatura máxima na capital chegou ontem a 31,9°C.
O Inmet prevê a chegada de uma fraca frente fria hoje à cidade. "A nebulosidade vai aumentar e poderá haver pancadas de chuva. Mas a temperatura não deverá cair muito", disse Ernesto Alvin, meteorologista do Inmet.
No sábado, também poderá haver pancadas de chuva, mas o calor persistirá, disse Alvin.
Os meteorologistas acreditam que, devido à influência do fenômeno El Niño (aquecimento excessivo das águas superficiais do oceano Pacífico que provoca alterações no clima do globo), o recorde histórico de temperatura máxima na cidade de São Paulo poderá ser quebrado este ano.
Na terça passada, a cidade registrou 35,2°C, apenas 0,1°C a menos do que o recorde histórico de 35,3°C, medido em novembro de 85 pelo Inmet.

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