São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997 |
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Novos grupos diversificam organizada
FÁBIO VICTOR
Como presidente da única torcida organizada do clube, a Leões da Fabulosa, desde 95, ele viu o número de associados crescer 25% em relação ao ano passado -de 4.000 para 5.000. E prevê que, se o time continuar bem, o número será ainda maior. "Pelos nossos cálculos, se todos os descendentes de portugueses passassem a torcer pela Lusa, teríamos uma das maiores torcidas de São Paulo." (FV) * Folha - A que você atribui o crescimento do público nos jogos da Lusa no Canindé? Delfim José Marcelino - À boa campanha que o time vem fazendo nestes três anos. Em 95, quase chegamos à final do Paulista. Em 96, fomos vice brasileiros e, neste ano, estamos bem. Ninguém sai de casa para ver um time sem expressão, como era a Lusa antigamente. Hoje, temos jogadores de nível. Folha - Qual o perfil do associado da Leões? Marcelino - A maioria ainda é de filhos de portugueses, entre 16 e 26 anos, de classe média. Folha - E qual a diferença do torcedor da Lusa para o dos outros times paulistas? Marcelino - A nossa ansiedade em ganhar um título, o que não acontece desde 73 (venceu o Paulista). Até o final dos anos 70, a nossa torcida era do tamanho da do São Paulo. Como eles ganharam muitos títulos nos anos 80, cresceram muito Folha - O que mudou na composição da torcida da Lusa em relação à 96? Marcelino - Está aparecendo muita gente que não é descendente de português. Hoje temos japoneses, negros, nordestinos. Folha - O presidente da Lusa disse que a torcida está perdendo a vergonha de vestir a camisa do time. Você concorda? Marcelino - Concordo. Acho que ela está sumindo aos poucos, mas só vai acabar de vez quando o time ganhar um título. Texto Anterior: 'Hoje eles me respeitam', diz adolescente Próximo Texto: Jogador PADRÃO Índice |
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