São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Criança faz vendas crescerem

LUIZ ANTÔNIO RYFF; MARIANE MORISAWA
DA REPORTAGEM LOCAL E DA

Redação
Atualmente, a música brasileira responde por 72% do mercado, o mesmo percentual da listagem feita pelo Nopem na última semana de outubro em São Paulo. No Rio, entretanto, a participação brasileira é maior: 78%. Nas dez mais da Rádio Link em 11 de novembro ela sobe para 100%. Nas duas cidades.
"Letra é muito importante. As pessoas querem entender o que cantam", diz João Augusto, diretor artístico da EMI.
A participação estrangeira na relação do Nopem é pequena e pouco qualificada. Há, por exemplo, o pop infantil do Hanson; o pop cafona de Elton John; a música romântica mexicana de Luis Miguel, ou espanhola de Enrique Iglesias, ou italiana de Andrea Bocelli; e o dance inglês das Spice Girls.
O alto índice de discos infantis da lista -de Xuxa e Angélica a Chiquititas e Tirulipa Jr.- é explicável. Esse foi um dos setores que mais cresceu nos últimos anos. E adquiriu uma importância capital dentro do mercado.
"Não se vende mais de 1 milhão de cópias de um CD se as crianças não comprarem também", afirma Manolo Camero, presidente da ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Disco).
Entre os cinco discos que atingiram essa marca em 97, quatro podem ser enquadrados como brega: o de Zezé Di Camargo e Luciano, o do É o Tchan, o do Só Pra Contrariar e o de Netinho.
O quinto disco -uma surpresa mercadológica- é um caso complicado. Renato Russo é um cantor pop, mas o repertório de "Equilíbrio Distante" é de músicas italianas contemporâneas. Há quem considere brega.
Até agora, a vendagem de 1 milhão de CDs dos Titãs não foi homologada pela ABPD. (LAR e MaM)

Texto Anterior: Críticos vêem lado positivo do "brega"
Próximo Texto: Apologia às drogas quem faz é o Planet FHC!
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.