São Paulo, sábado, 15 de novembro de 1997 |
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Arcebispo pode ser indiciado pela PF D. Carvalheira vai depor em inquérito LUIS HENRIQUE AMARAL
Segundo a assessoria de imprensa da PF da Paraíba, o superintendente do órgão no Estado, Antônio Toscano, não afasta a possibilidade de indiciar o bispo no processo, caso sejam encontradas provas de sua participação nas invasões. A PF solicitou, no mês passado, a abertura de um processo administrativo para expulsar o padre Pescarmona do país. Ele é coordenador da CPT (Comissão Pastoral da Terra) em Guarabira (46 km de João Pessoa). A PF acusa o padre de "patrocinar ações armadas durante invasões de terra, tentar mudar a ordem pública com violência e incentivar a luta violenta entre as classes". No último dia 30, o secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), d. Raymundo Damasceno Assis, manteve audiência com o ministro da Justiça, Iris Rezende, para tratar do processo. O ministro afirmou ao bispo que mandou suspender o processo de expulsão do padre Pescarmona até que seja concluído o inquérito policial que investiga as denúncias de incentivo à violência. O arcebispo d. Marcelo Carvalheira está em Roma, onde participa a partir de domingo do Sínodo dos Bispos da América, que reunirá religiosos de todo o continente. Em carta enviada ao Brasil, ele afirmou que a ação da igreja na Paraíba junto aos sem-terra é "contra a violência". "Sem essa sincera solidariedade com os oprimidos, a Paraíba já teria pegado fogo", disse. Texto Anterior: Agricultores podem parar Marabá hoje Índice |
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