São Paulo, sábado, 15 de novembro de 1997 |
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Sarney faz crítica a pacote fiscal de FHC
DÉCIO SÁ
"Na realidade, ficamos dependentes do capital externo. É preciso entrar US$ 3 bilhões por mês (no país) para cobrir as contas. Isso obriga o governo a manter os juros altos. Sem os juros altos, os agiotas não vêm para cá. E nós não podemos fugir dos agiotas", disse. Para Sarney, a situação do país vai piorar com o aumento da recessão e do desemprego. Ele disse não acreditar que a crise brasileira dure pouco tempo, como tem afirmado o governo. As críticas de Sarney foram feitas ontem pela manhã, durante entrevista ao vivo ao "Jornal da Manhã", da TV Mirante (afiliada à Rede Globo), de sua propriedade. Sarney reconheceu, porém, que algumas medidas precisavam ser tomadas, mas afirmou que elas "extrapolaram para outras áreas". Como "outras áreas" citou principalmente o funcionalismo público. De acordo com Sarney, das 51 medidas anunciadas pelo governo, 16 atingem o funcionalismo. "Parece obsessão em relação ao funcionário público. Não acredito que ele seja o vilão dessa história." Sarney declarou também ser contra o aumento da alíquota do Imposto de Renda. Texto Anterior: A Folha de ontem na opinião do leitor Próximo Texto: Ascensão de Maluf preocupa o comando da reeleição de FHC Índice |
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