São Paulo, sábado, 15 de novembro de 1997
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GRUPO B

PAULO COBOS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A distribuição dos times nos grupos da fase final do Brasileiro, que respeitou a ordem de classificação na primeira fase, pode provocar jogos monótonos e com pouco público em um grupo. No outro, se repetido o desempenho da fase anterior, os jogos devem ter casa cheia e ótimo nível técnico.
Se, no Grupo A, o Vasco tem o melhor ataque da competição e o Juventude tem a melhor defesa, os jogos entre os times do B têm uma média de gols 14% maior, um número de cartões vermelhos 7% menor e um público 30% maior.
Isso acontece não só pela tradição de Inter-RS, Atlético-MG, Santos e Palmeiras, que já venceram juntos o Campeonato Brasileiro por oito vezes, contra seis dos rivais do Grupo A.
O equilíbrio de seus jogadores e uma distribuição maior de responsabilidade entre suas estrelas explica o melhor desempenho dessas equipes na primeira fase.
No Grupo B, por exemplo, uma média de 12 jogadores por equipe conseguiu marcar pelo menos um gol na competição. No Grupo A, essa média cai para 11.
Seus artilheiros principais tem uma participação menor no total dos gols marcados.
Edmundo, Rodrigo, Sávio e Flávio, artilheiros de Vasco, Lusa, Flamengo e Juventude respectivamente, marcaram, na média, 33% dos gols de seus times.
Já Christian, Valdir, Muller e Oséas, de Inter-RS, Atlético-MG, Santos e Palmeiras, têm uma participação média de 29% dos gols de suas equipes.
Todos os times do Grupo B tiveram o mesmo treinador durante toda a competição.
Já no outro grupo, Lusa e Flamengo trocaram de técnico.
A experiência dos times do Grupo B também é maior. A média de idade dos jogadores de Inter-RS, Atlético-MG, Santos e Palmeiras é de 24,3 anos. No Grupo B, essa média cai para 23,9.
Na história dos Brasileiros, a participação dos times do Grupo B é mais significativa.
Em média, esses times jogaram 588 vezes em Brasileiros, contra 457 das equipes do Grupo B.
Um dos poucos pontos que os times do Grupo A levam vantagem sobre os do B é no melhor aproveitamento jogando fora de casa.
Santos e Palmeiras, por exemplo, terão que melhorar muito seu desempenho fora de São Paulo passa passar à final do brasileiro.
A equipe santista tem uma média de apenas 19% dos pontos conquistados jogando fora de casa. O Palmeiras não fica muito longe. Conseguiu apenas 33% dos pontos na casa do adversário.
Os dois prejudicam o desempenho do Grupo B nesse ponto, pois Inter-RS e Atlético-MG são os melhores quando jogam fora de casa.
Os gaúchos conquistam 58% dos pontos fora. O Atlético tem quase o mesmo desempenho: 50%.
No Grupo A a situação é um pouco mais equilibrada. O aproveitamento varia dos 42% do Flamengo aos 48% da Lusa.

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