São Paulo, sábado, 15 de novembro de 1997 |
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'Fugir é traçar uma linha' "Partir, escapar, traçar uma linha. O mais alto objetivo da literatura, segundo Lawrence: 'Partir, partir, escapar... Atravessar o horizonte, penetrar uma outra vida'. (...) A linha de fuga é uma "desterritorialização". Os franceses não sabem muito bem do que se trata. Evidentemente, eles fogem, como todos, mas pensam que fugir é sair do mundo, mística ou arte, ou que é covardia, porque se escapa aos compromissos e às responsabilidades. Fugir não é absolutamente renunciar às ações -nada mais ativo do que uma fuga. É o contrário do imaginário. Tão bom quanto fugir é fazer fugir, não necessariamente os outros, mas fazer fugir alguma coisa. (...) Fugir é traçar uma linha, várias linhas, uma cartografia." Trecho de "Dialogues", de Gilles Deleuze, que será lançado pela Editora Escuta no ano que vem. Texto Anterior: Deleuze renasce no virtual Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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