São Paulo, domingo, 16 de novembro de 1997 |
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'Progressistas' dominam comitiva
DA REPORTAGEM LOCAL Os nomes dos delegados do sínodo eleitos pelos bispos da CNBB revelam que a entidade ainda mantém o perfil dos "progressistas", a parte do clero que defende a participação da igreja nas questões políticas e sociais do país. A maior parte dos delegados pertence ao grupo.Segundo levantamento feito pela Folha, dos 15 delegados eleitos, 8 são ligados ao clero "progressista", contra apenas 3 "conservadores" e 4 "moderados". Entre os cardeais, dois são expoentes do pensamento "progressista": d. Paulo Evaristo Arns, de São Paulo, e d. Aloísio Lorscheider, de Aparecida (SP). Os outros três estão no extremo oposto do espectro ideológico católico: d. Eugenio Sales, do Rio, d. José Freire Falcão, de Brasília, e d. Lucas Moreira Neves, de Salvador (BA). Lorscheider, que está se recuperando de um tratamento contra câncer no pulmão, deixou o hospital Sírio Libanês, em São Paulo, na semana passada para ir ao sínodo. Experiência O resultado da eleição dos delegados pode ser explicado, também, pelo fato de que a maior parte dos "progressistas" foi indicada pelo papa Paulo 6º, ou seja, são mais velhos e experientes em reuniões internacionais. Dois brasileiros foram nomeados pelo papa para cargos importantes no sínodo. Um dos três presidentes do evento será d. Eugenio Sales. Os outros dois são o cardeal de Los Angeles (EUA), d. Roger Mahony, e o prefeito da Congregação para o Clero, órgão do Vaticano, d. Castrillon Hoyos. O arcebispo de Mariana (MG), d. Luciano Mendes de Almeida, será o vice-presidente da Comissão para a Informação, que divulgará os trabalhos do sínodo. Veja os representantes brasileiros: Cardeais: d. Aloísio Lorscheider, arcebispo de Aparecida (SP); d. Eugenio de Araújo Sales (RJ); d. José Freire Falcão, arcebispo de Brasília (DF); d. Lucas Moreira Neves, arcebispo de Salvador (BA); d. Paulo Evaristo Arns, arcebispo de São Paulo (SP). Delegados eleitos: d. Cláudio Hummes, arcebispo de Fortaleza (CE); d. Marcelo Pinto Carvalheira, arcebispo de João Pessoa (PB); d. Raymundo Damasceno Assis, bispo-auxiliar de Brasília (DF); d. Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana (MG); d. Antônio Celso de Queiroz, bispo auxiliar de São Paulo (SP); d. Angélico Sândalo Bernardino, bispo-auxiliar de São Paulo (SP); d. Jayme Henrique Chemello, bispo de Pelotas (RS); d. Serafim Fernandes de Araújo, arcebispo de Belo Horizonte (MG); d. Demétrio Valentini, bispo de Jales (SP); d. Geraldo Lyrio Rocha, bispo de Colatina (ES); d. Pedro Fedalto, arcebispo de Curitiba (PR); d. Erwin Krautler, bispo-prelado do Xingu (PA); d. Vital Wilderink, bispo de Itaguaí (RS); d. Fernando Figueiredo, bispo de Santo Amaro (SP), d. Irineu Danelon, bispo de Lins (SP). Convidados do papa: d. Vitório Pavanello, arcebispo de Campo Grande (MS), e d. Pierre Mouallem, bispo dos greco-melquitas, de SP. Texto Anterior: Saiba o que é o sínodo Próximo Texto: D. Majella deve suceder a d. Paulo Índice |
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