São Paulo, domingo, 16 de novembro de 1997
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Muller e Rivaldo

TELÊ SANTANA

Apesar de ter enfrentado um adversário fraco na última terça-feira, gostaria de salientar as atuações de dois jogadores que conseguiram se destacar na seleção contra o País de Gales: Muller e Rivaldo.
Os jogadores de frente que tanta falta fazem às outras seleções são justamente o que nós temos de melhor.
A seleção está com tantos atacantes que é difícil escolher os melhores para a Copa.
Mas, pelo que estão jogando, sem dúvida eu levaria os dois para a França.
O Muller, desde que eu o treinava, sempre teve essa característica de preparar muito bem as jogadas para os outros finalizarem.
E, além de colocar os outros jogadores constantemente na cara do gol, ainda possui uma ótima colocação no campo.
Já o Rivaldo é um ótimo finalizador e precisa ser aproveitado nessa grande fase que atravessa.
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Acho que o Brasileiro chegou a um momento em que as equipes se equivalem.
O time que conseguir abrir alguma vantagem no começo desta fase semifinal -como fizeram Inter e Lusa no período de classificação- chegará beneficiado à final, pois terá maior tranquilidade e esse desempenho amedronta um pouco o adversário.
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Trabalhei três anos na Arábia Saudita e fiquei muito satisfeito com a classificação da seleção local para a Copa.
Mas, apesar de conseguir se armar bem sempre que tem um compromisso difícil, não considero um adversário à altura do Brasil.
As seleções que mais me preocupam nos confrontos com o Brasil são as africanas. Além de possuírem ótimos jogadores, eles estão pegando o espírito de competição.
Os africanos, hoje, me preocupam mais que os europeus.
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Logo no início de 98 já estarei em condições de trabalhar novamente, não tenho mais dúvidas quanto a isso.
Nesta quarta-feira recebi convite para treinar mais um time, o América do México.
Os médicos já adiantaram que poderei voltar ao trabalho e, se Deus quiser, começarei 98 treinando algum time.

E-mail: tele@gold.com.br
O técnico Telê Santana escreve na Folha aos domingos

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