São Paulo, domingo, 16 de novembro de 1997
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Pajero levará a Folha no rali Paris-Dacar

HENRIQUE SKUJIS
DA REPORTAGEM LOCAL

A Folha vai participar do rali Paris-Dacar acompanhando os brasileiros André Azevedo e Klever Kolberg, que já competiram em dez edições da prova.
Para cobrir o rali mais famoso do mundo, que vai do dia 1º ao dia 18 de janeiro, a reportagem da Folha viajará no carro de imprensa, um Mitsubishi Pajero especialmente preparado para enfrentar a prova.
Em relação ao modelo vendido nas lojas, o carro sofreu uma série de mudanças para aguentar as condições adversas do deserto.
As principais mudanças ocorreram na suspensão. O Pajero recebeu barras e molas mais apropriadas para serviços pesados. A suspensão traseira, por exemplo, tem dois amortecedores em cada roda.
Os pneus, Pirelli Dakar, são diferentes dos usados no Pajero comercial. "São pneus ideais para o terreno arenoso do deserto", diz Fernando Matarazzo, diretor de pós-venda da Brabus, que comandou a metamorfose feita no jipão.
Para que areia e água não invada o motor durante travessia de rios e desertos, a entrada de ar foi desviada para o interior do carro. Sob o jipão, foi colocada uma placa de aço para proteger o conjunto motor/câmbio das pedras.
O motor do Pajero que vai levar a Folha durante o Paris-Dacar é o mesmo do carro que roda nas ruas brasileiras, um 3.0 V6.
No entanto, para privilegiar o torque (força), a relação de marchas foi mudada. "O carro ficou melhor de arrancada e retomada em detrimento da velocidade máxima", explica Matarazzo.
"Dificilmente andarão a mais de 170 km/h no deserto, mas, constantemente, precisarão de força para vencer terrenos difíceis."
Em caso de atolamento, o Pajero, além da tração nas quatro rodas, conta com placas de desatolamento, que são colocadas sob os pneus para ajudar na tração.
Apesar de o rali contar com uma estrutura de apoio para consertos, o Pajero -que embarcou para Paris ontem- conta com uma caixa completa de ferramentas.
A organização do rali exige, inclusive para o carro de imprensa, alguns itens de segurança. O mais visível, e talvez o mais importante, é o santantônio, uma estrutura tubular que protege os ocupantes do carro em caso de capotamento.
Além do tanque de combustível original, que leva 93 litros, há um tanque extra de 160 litros. A autonomia pode chegar a 900 km.
Esse tanque possui um sistema que evita a formação de gases, reduzindo as chances de incêndio. Se houver fogo, um gancho no painel é acionado, e o extintor, ligado a uma tubulação, lança a espuma automaticamente no carro.
(HS)

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