São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 1997 |
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Guatemala mostra a colonização ao vivo
MALU GASPAR
No horizonte, o vulcão Agua, inativo, parece proteger a cidade. Nas praças e mercados, as pessoas, a maioria com traços maias e roupas coloridas, movimentam Antígua, uma das principais cidades turísticas da Guatemala. Nesse país quase desconhecido pelos brasileiros, o turismo é a segunda fonte de renda, atrás apenas da exportação de café. Por ano, chegam à Guatemala cerca de 520 mil visitantes, a maioria norte-americanos e europeus, em busca de locais exóticos e pouco badalados no roteiro turístico internacional. E o país abriga atrações como os templos e os resquícios da cultura maia, a natureza selvagem, os vulcões que estão por toda parte e a história da colonização espanhola no continente. Antígua faz parte dessa história. Os principais atrativos da cidade, declarada patrimônio cultural da humanidade pela Unesco, em 1979, são a arquitetura e as ruínas deixadas por um terremoto que quase a destruiu em 1773. Mas Antígua tem mais que isso. Para o visitante, a cidade traz a oportunidade de conhecer, reunidos num só lugar, a história e os símbolos do povo guatemalteco, o passado de riqueza e de grande tradição cultural e o presente, que faz do passado -de onde vêm os mitos e a cultura popular- um meio de vida para boa parte da população, em especial os descendentes dos maias, que povoaram o local antes da chegada dos colonizadores espanhóis. Capital Antígua fica a 45 km da Cidade da Guatemala, a capital do país, no Departamento de Sacatepéquez. Foi construída a partir de 1541, para ser a capital da colonização espanhola na América Central, que abrangia também o território em que hoje estão Belize, Honduras, Nicarágua e El Salvador. Junto com Lima, no Peru, e a Cidade do México, era das principais cidades espanholas no continente. Em 1773, os terremotos de Santa Clara destruíram quase completamente a cidade e fizeram com que Antígua deixasse de ser a capital, transferida para La Nueva Guatemala de Assunción, conhecida como Cidade da Guatemala, sede da administração colonial até a independência, em 1821. LEIA MAIS sobre a Guatemala nas págs. 7-13 a 7-16 Texto Anterior: Australianos estão afinados com a parada Próximo Texto: Mercado realça papel do turista Índice |
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