São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Especialistas elogiam metrô de SP

MARCELO OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Diretores de companhias de metrô de três continentes (América, Europa e Ásia) elogiaram a limpeza e a eficiência do metrô paulistano e criticaram o fato de haver poucas linhas (a cidade tem apenas três) e o calor dentro dos vagões.
Representantes de 18 empresas de metrô de todo o mundo estiveram esta semana em São Paulo para a 68ª Reunião do Comitê de Metrôs da União Internacional de Transportes Públicos (UITP).
Ontem, eles conheceram parte das 82 obras de arte do Metrô, em cinco estações (República, Sé, Ana Rosa, Consolação e Clínicas), e as obras da estação Tucuruvi (zona norte de São Paulo).
Um dos mais impressionados com a limpeza do metrô era Andrew Bata, diretor de planejamento da New York City Transit, que administra o metrô e os ônibus urbanos de Nova York. Só com a retirada de pichações, a empresa está gastando US$ 20 milhões.
Observando cada detalhe e tirando fotos incessantemente, Bata ficou impressionado com o trabalho das funcionárias da limpeza, das quais tirou várias fotos enquanto trabalhavam.
"Eu me sinto bem aqui. Fiquei muito feliz quando as vi trabalhando no domingo. Tudo é tão limpo que quase dá para comer no chão."
Segundo Bata, o maior defeito do metrô de São Paulo é a ausência de informações sobre o itinerário dos ônibus no interior das estações.
Representantes dos metrôs de Tóquio e Osaka, no Japão, elogiaram a limpeza, mas criticaram o calor dentro dos vagões.
"Como usuário, gostaria que colocassem ar-condicionado. Em Osaka, como o verão é muito quente, temos ar-condicionado nos vagões e nas estações", disse Kazutada Sasakura, diretor de Transportes de Osaka.
Ramon Lopez-Mancisidor, do metrô de Madrid e presidente da UITP, disse que gostaria de encontrar uma rede maior em uma próxima visita. Ele considerou a passagem cara -um múltiplo de dez passagens em Madrid custa R$ 4,50. Em São Paulo, custa R$ 10.
O presidente do Metrô, Paulo Goldschimidt, vice-presidente da UITP, anunciou anteontem que a empresa pretende sair dos atuais 43,6 km para 148 km até 2004.

Texto Anterior: Só 50% de verba para maternidade foi usada
Próximo Texto: FAO coleta em 1 mês US$ 2 mi contra fome
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.