São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 1997 |
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Conflitos no Oriente Médio duram séculos CINILIA T. GISONDI OMAKI CINILIA T. GISONDI OMAKI; MARIA ODETTE BRANCATELLI
Berço de culturas antigas, a rica região foi submetida aos imperialismos macedônico, romano e muçulmano. Iraque e Irã formaram-se com o fim do Império Otomano, após a Primeira Guerra, libertando-se depois do controle britânico. Em 1979, no Irã, a revolução fundamentalista do aiatolá Khomeini derrubou o governo pró-ocidental do xá Reza Pahlevi. A ameaça de expansão do radicalismo muçulmano abalou interesses do Ocidente e de Saddam Hussein, que acabara de assumir o poder no Iraque. Saddam, reivindicando territórios anexados pelo Irã, invadiu-o em 80. A Guerra Irã e Iraque gerou um novo jogo de alianças, sendo o Iraque armado e apoiado principalmente por EUA, URSS e países ocidentais e árabes. Terminada a guerra em 88, os inimigos estavam abalados. O Iraque, embora endividado, contava com um poderoso arsenal bélico. Em 90, Saddam invadiu o estratégico Kuait. Além do petróleo, havia a ambição de tornar o ditador de Bagdá o líder do mundo árabe. Dessa vez, porém, os países voltaram-se contra o Iraque. Na Nova Ordem, os EUA, potência isolada, à frente de uma coalizão internacional, desencadeou a Guerra do Golfo, em janeiro de 91. Semanas depois, o Iraque retirou-se do Kuait, e a ONU ampliou as sanções militares e econômicas. Atualmente, essas sanções estão sendo rediscutidas. Os EUA querem mantê-las; França e Rússia pensam em suspendê-las, por interesses comerciais. E Saddam se aproveita, desafia a liderança dos EUA e mobiliza os iraquianos, provocando a maior crise desde a Guerra do Golfo. Maria Odette Simão Brancatelli e Cinilia T. Gisondi Omaki são professoras de história do Colégio Bandeirantes. Texto Anterior: Paisagismo; Nutrição; Nutrição 2; Polícia; Comunicação Próximo Texto: VEJA SE APRENDEU Índice |
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