São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 1997 |
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3º Maceió Jazz Festival traz de Gil a Koko Taylor
CARLOS BOZZO JUNIOR
"É muito bom abrir um festival de jazz nesse dia, porque o jazz tem tudo a ver com consciência negra", disse o músico em entrevista por telefone à Folha, na última segunda-feira. "Sendo um dos elementos mais eficazes na divulgação dessa força criativa da raça negra, o jazz é uma das grandes bandeiras da conquista e do prestígio da negritude no mundo", completou o cantor. Gil irá se apresentar com uma banda composta por sete músicos que primam pelo talento e competência nos palcos e estúdios. São eles: Jorginho Gomes (bateria), Arthur Maia (baixo), Celso Fonseca (guitarra), Paulo Calazans (teclado), Raul Mascarenhas (sax e flauta), Gustavo de Dalva e Leonardo (percussão). Quanto ao show, será uma versão não completa, porém bem ampla, de seu último trabalho, o CD "Quanta". Visões do jazz Indagado a respeito do que é jazz, Gilberto Gil esclareceu sobre duas vertentes existentes. "Uma é a visão clássica do jazz, que reúne um modo específico de improvisação e composição; outra é uma visão aberta de improvisação em música popular no mundo inteiro." O cantor não sabe ao certo quantos foram os festivais de jazz que contaram com sua participação (por terem sido muitos), mas ressaltou a diversidade dos mesmos. "A diversidade dos festivais de jazz no mundo é mais uma consequência dessa característica aberta e universal do jazz", disse. "O jazz tem penetrado em contextos locais de música popular, no rock progressivo, no funk, na música brasileira, africana, cubana, caribenha, venezuelana..." Por fim, o compositor completou: "O jazz tem uma universalidade que foi se insinuando e se manifestando de forma muito espontânea no decorrer do tempo." Outras noites Luiz Bueno, músico do Duofel, irá se apresentar na noite de amanhã com o percussionista Badal Roy, antes do show de Hermeto Pascoal. "Iremos apresentar músicas dos nossos últimos CDs e um material ainda inédito", disse o músico à Folha. "Espero encontrar uma energia muito grande nesse show", declarou. "Primeiro, porque estamos cheios de novidades musicais para mostrar. Segundo, porque Maceió é uma terra muito musical. De lá, vieram muitos músicos bons." "Acho que é um prêmio para o Duofel tocar nesse festival", concluiu. O festival terá, ainda, uma noite de blues no dia 22, com as apresentações de Cleves Nunes & Blues Print. Outra atração do evento vai ser a cantora norte-americana Koko Taylor. Texto Anterior: Entidade do movimento negro ganha site Próximo Texto: Bahia celebra negritude Índice |
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