São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997 |
 |
|
Próximo Texto |
Índice
Assalto a filho de Diniz acaba em morte
RENATO KRAUSZ
O tiroteio aconteceu às 11h30 de ontem, na esquina das alamedas Santos com Joaquim Eugênio de Lima, nos Jardins (zona sudoeste de São Paulo). Inicialmente, a polícia descarta a hipótese de tentativa de sequestro e investiga a possibilidade de o suposto assaltante ter sido morto pelos seguranças do empresário quando já estava ferido no chão. Diniz havia parado seu jipe Range Rover no semáforo quando o suposto assaltante, que se passava por vendedor ambulante de flores, o abordou. Segundo testemunhas, ele estava com um revólver calibre 38 escondido atrás de um buquê de flores. O empresário estava acompanhado de três seguranças. Dois em um Kadett preto na frente do jipe do empresário. O terceiro, em uma moto. Ao perceberem a tentativa de assalto, os seguranças desceram e houve o tiroteio. Segundo a assessoria de imprensa do Pão de Açúcar, outros três assaltantes teriam participado da troca de tiros. A polícia ainda não tem conhecimento da participação desses outros ladrões. Os seguranças Edson Sini, que é policial militar, e Márcio Aparecido dos Santos, ex-PM, ficaram feridos no tiroteio. O assaltante Joelson Barbosa Ferreira, 27, morreu. Segundo testemunhas, Sini, que estava na moto, disparou três tiros em Ferreira quando ele já estava caído no chão (leia texto abaixo). Ferreira foi socorrido por um carro da Rota e levado ao Hospital Brigadeiro, onde já chegou morto. Segundo o delegado titular do 78º DP, Carlos Negreiros do Amaral, ele levou 11 tiros. "Há indícios de que possa ter ocorrido uma execução. Vamos apurar isso no inquérito", afirmou o delegado. O segurança Sini foi ferido com um tiro no ombro. Foi levado ao Hospital do Coração e depois transferido para o Hospital Santa Cecília. Santos levou um tiro no abdômen. Os dois seguranças seriam operados ontem. Cápsulas A polícia apreendeu a arma do suposto assaltante, que estava com cinco cápsulas deflagradas. Das armas dos seguranças, a de Sini é a única que já foi apresentada à polícia. Os revólveres dos policiais da Rota que socorreram Ferreira também foram apreendidos. "Apreendemos por cautela, mas já sabemos que os policiais da Rota não participaram do tiroteio", afirmou o delegado. Segundo ele, a hipótese de sequestro é remota porque o suposto assaltante estava a pé. "Fora isso, é pouco provável que alguém tente fazer um sequestro naquele local e naquele horário", afirmou. Próximo Texto: Ladrão foi morto no chão, diz rapaz Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |