São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997
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Investidor da Coréia demonstra desânimo diante de novo pacote

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O mercado financeiro da Coréia do Sul respondeu ontem negativamente às medidas de emergência anunciadas na quarta-feira pelo novo ministro da Economia, Lim Chang-yuel, para tentar solucionar a crise do país.
A Bolsa de Valores de Seul fechou ontem com baixa de 2,8%. O won, moeda sul-coreana, continuou sua queda pelo quarto dia consecutivo.
O won alcançou ontem o novo limite de 10% de variação estabelecido pelo pacote econômico. As negociações foram então suspensas meia hora depois da abertura. As medidas anunciadas na quarta-feira têm como objetivo superar a falta de divisas do país e o excesso de dívidas do setor bancário.
Entre as medidas, está a ampliação de 2,2% para 10% a banda de flutuação do won. Com isso, o governo espera atrair ao mercado sul-coreano investimentos estrangeiros.
O governo também criou um fundo especial de cerca de US$ 10 bilhões para cobrir parte dos créditos podres dos bancos comerciais do país.
A Coréia do Sul estuda pedir ajuda do Japão e eventualmente do Fundo Monetário Internacional (FMI) para sair da crise que vem se agravando nos últimos dias.
O vice-premiê, Li Chang Yuel, disse ontem que o governo deve solicitar ao Japão que compre emissões especiais de títulos públicos.
Segundo ele, o governo japonês deve apoiar o pacote econômico para evitar que a crise na Coréia do Sul possa atingir também o Japão.
"Os japoneses devem levar em conta o efeito negativo que podem ter em sua economia, especialmente por causa do volume de suas exportações para a Coréia".
O vice-premiê afirmou ainda que, se a resposta do Japão não for a desejada, a Coréia do Sul deverá solicitar ajuda ao FMI.

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