São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

País tem como evitar ataque ao real, diz FHC

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem à noite, em entrevista ao vivo ao programa Moneyline, na CNN, que os especuladores agora sabem que o Brasil tem instrumentos para combater ataques especulativos contra o real.
FHC afirmou ao apresentador do programa, Lou Dobbs, que acredita que as medidas adotadas pelo governo, incluindo o aumento dos juros e o pacote fiscal, foram suficientes para defender o real. FHC usou o programa para mandar mensagens tranquilizadoras a investidores internacionais. O programam é transmitido para 210 países, segundo a CNN.
"Tomamos medidas rápidas e tivemos o apoio não só do Congresso, mas também do povo brasileiro, que entende bem a importância da estabilidade econômica", disse FHC.
O presidente reforçou que o governo dará continuidade ao programa de privatização e citou a venda da CPFL e da Enersul.
"Temos um programa de privatização muito ambicioso, que deve render ao Brasil nos próximos três anos entre US$ 50 bilhões e US$ 60 bilhões", afirmou.
As medidas adotadas na crise, o programa de privatização e o andamento das reformas, disse FHC, "dão uma sólida impressão do que acontece na economia brasileira agora".
Em relação à turbulência que se instalou na Ásia, FHC disse que os países da região conseguirão superar os problemas se agirem como o Brasil durante a crise de 95.
"Em 95 também agimos rápido para resolver a crise financeira".
Em relação à crise de 95, originada no México, FHC disse que agora o sistema bancário brasileira está mais fortalecido e que a população está mais preparada para cooperar em casos de emergência.
FHC afirmou que nos últimos 12 meses o Brasil recebeu US$ 16 bilhões em investimentos estrangeiros, o que coloca o país em segundo lugar no ranking mundial.
Sobre a aprovação da reforma administrativa no Congresso, FHC disse que o principal já foi feito.

Texto Anterior: Juro alto já afetou 25% das dívidas
Próximo Texto: Seminário discute Brasil e Argentina
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.