São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997
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Lusa espera Silva, mas já admite interino

FÁBIO VICTOR
DA REPORTAGEM LOCAL

"Checamos a lista de passageiros e o nome dele está lá. Ligamos também para o hotel, e ele estava de saída para Madri, de onde embarca para o Brasil. Ele garantiu que estará aqui amanhã (hoje)."
Após dar dois ultimatos só nesta semana ao técnico Carlos Alberto Silva, o presidente da Lusa, Manuel Pacheco, falava ontem à tarde com a mesma confiança demonstrada nos últimos dias.
Na terça-feira, o dirigente afirmara que, se Silva não retornasse da Espanha -onde trata da sua rescisão de contrato com o La Coruña-, no dia seguinte procuraria outro técnico.
Silva não voltou, e Pacheco repetiu a ameaça.
Ontem, garantiu que agora o ultimato é sério, antecipando inclusive o nome do substituto.
"Se, por qualquer motivo, ele não estiver aqui amanhã (hoje), o nosso técnico até o final do Brasileiro será o auxiliar Celso Teixeira", disse, referindo-se àquele que assume pela segunda vez no torneio a função de interino. "Ele conhece profundamente o grupo."
Mas, segundo Pacheco, essa possibilidade é remota.
Segundo ele, Silva chega hoje, às 7h15, no aeroporto de Cumbica, no vôo 715 da Varig. Para isso, embarcaria em La Coruña às 18h15 de ontem (horário de Brasília).
Às 19h, porém, a Folha ligou para o hotel de Silva na Espanha, o Maria Pita, e o técnico ainda não havia pago sua conta.
O assessor de imprensa do La Coruña, Siro López, afirmou que a direção do clube se reuniu ontem com Silva, mas que não houve acordo em relação à rescisão.
Assim, disse López, o clube deu um prazo de sete dias para que Silva reassuma suas funções de treinador. Caso não o fizesse, a questão voltaria à Justiça.
"Mas não o queremos com primeiro técnico, pois nada em seu contrato lhe garante isso. Ele pode ser o segundo ou quarto auxiliar."
Pacheco disse que pouco importa a situação de Silva com os espanhóis, pois o telefonema de ontem do técnico garantindo o retorno teria sido "definitivo".
Mesmo que Silva esteja hoje no Canindé, Pacheco não descartou uma punição, como um desconto no salário, ao técnico. "Ele vai ter que explicar os seus motivos. Vamos resolver o que fazer."

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