São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997
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Pitanga alia bom gosto e simplicidade

JOSIMAR MELO

Quando a principal atividade do fotógrafo Peninha era produzir cenários gastronômicos muita gente dizia que ele perdia tempo cozinhando para publicidade. Mesmo porque, os pratos belos e apetitosos eram tão bonitos como intragáveis, devido ao uso dos mais variados recursos (inclusive ingredientes não comestíveis) para criar, diante das câmaras, tamanha sedução visual.
O fato é que, apaixonado pela culinária, o produtor terminou virando mesmo "restaurateur". Primeiro num bar-restaurante da Vila Madalena, o Urca, do qual ele logo se desligou; e agora no vizinho Pitanga.
Instalado numa casa que ele reformou inteiramente, o Pitanga já virou um agitado ponto na hora do almoço, onde se encontram desde publicitários e artistas até jornalistas e alternativos típicos do bairro; e começa a ensaiar os primeiros passos de funcionamento no jantar. Uma decoração de bom gosto, mesas gostosas no pequeno jardim, um terraço lá em cima (que dá para uma loja de objetos e produtos culinários) completam o cenário.
A comida é simples, mas bem feita numa cozinha impecável. Em réchauds ficam exibidos clássicos como a dobradinha, pratos mais simples de filés, opções quase esquecidas, mas valiosas, como a língua de boi cozida, e invenções como spaghetti com molho de abóbora. Todos convivendo harmoniosamente com o feijão e o arroz (integral inclusive) -afinal, estamos na Vila Madalena.

PITANGA - r. Original, 162, Vila Madalena, tel. 816-2914. 60 lugares. Seg. e ter.: 12h às 15h. Qua. a sex.: 12h às 15h e 18h à 0h30. Sáb.: 12h às 18h. CC: A, M e V. T: C, Ti e V. Prato principal: Bufê Pitanga (R$ 12,60). $

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