| São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997 |
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"Bananas" agrada apesar de texto pobre
MÔNICA RODRIGUES COSTA A história do musical "Bananas de Pijamas" é uma versão da aventura homônima da TV, com bonecos que atuam seguindo uma trilha sonora e acompanhando com movimentos suas falas gravadas. Não é um teatro com representação de atores.O enredo trata do cotidiano dos irmãos bananas, B1 e B2 e de seus amigos ursos, todos eles "Ted". Os personagens vão à praia, assistem a TV e fazem aniversário. É claro que há uma festa surpresa, e é óbvio também que existe algum personagem para atrapalhar. No caso, é o Rato de Boné, mas no final, tudo acaba bem. O que impressiona mais ao assistir ao musical é o envolvimento da platéia infantil. Não é preciso dizer que esse envolvimento é aprovado e desejado pelos pais que levam as crianças ao teatro, muito provavelmente em virtude da influência exercida pela TV. Em primeiro lugar, todas as crianças da platéia sabem as canções dos personagens de cor, mas o enredo não chama muito a atenção. Nos momentos narrativos do espetáculo acontece uma certa dispersão do público, que se envolve mais quando as canções são executadas ou quando sua participação é solicitada (para acusar o Rato de Boné nas suas malandragens, ou para recolher o lixo da platéia, por exemplo). "Bananas de Pijamas" pretende ser um espetáculo educativo. Combate o lixo fora do lixo e cita, em canções, a vantagem de se ter uma alimentação saudável. Chama a atenção o bom acabamento do musical, com figurinos impecáveis, cenário que se destaca (de Renato Scripilliti) e coreografia bem marcada. Mas o texto é pobre: não acrescenta nada ao repertório infantil. O som está com defeito. Houve, no dia em que estive no teatro, uma falha na gravação, o que obrigou os atores a repetirem uma cena. Fica tão engraçado quanto um filme sendo voltado para trás. ** BANANAS DE PIJAMAS VÃO AO TEATRO - Tradução de Lilio Alonso. Direção: Cristina Trevisan. Com José Pando e Eduardo Melo. Jardel Filho (av. Brig. Luís Antônio, 884, Bela Vista, região central, tel. 605-8433). 676 lugares. Sáb.: 16h. Dom.: 11h e 16h. Em cartaz por tempo indeterminado. 60 min. Indicada para crianças de 3 a 7 anos. Ingr.: R$ 20 (R$ 10 nos postos da Apetesp). DESC. 20% COM O CARTÃO CLUBEFOLHA. Texto Anterior: Mercearia faz seis anos com altivez Próximo Texto: Perugorría falha como malandro Índice |
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