São Paulo, domingo, 23 de novembro de 1997
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"A Morte e a Donzela" é o filme do próximo domingo

Longa dirigido por Polanski trata de tortura

DA REPORTAGEM LOCAL

A promoção Videoteca Folha traz no próximo domingo o filme "A Morte e a Donzela".
A peça "A Morte e a Donzela", do chileno Ariel Dorfman, chegou ao cinema em 1994, pelas mãos do cineasta Roman Polanski. Para ele, era a chance de enfrentar tristes lembranças da infância na Polônia, onde a perseguição política era quase uma norma.
"A Morte" conta a história de um casal obrigado a enfrentar os restos de uma ditadura. Em um país da América do Sul, Paulina (Sigourney Weaver) e Geraldo Escobar vivem um cotidiano de normalidade, tentando superar o período em que foram presos e torturados durante um regime militar.
Em uma noite, Paulina ajuda um desconhecido (Ben Kingsley) na estrada, que está com um pneu furado. Mais tarde, ela o reconhecerá como o homem que a torturou.
Paulina o prende em sua casa e procura se vingar. Será então a sua vez de praticar a tortura.
Mas, como nada em Polanski é realmente tão esquemático, por todo o filme são lançadas pistas que levarão o espectador para o território da vertigem.
Não saberemos ao certo se o tal torturador realmente existe ou se Paulina se encontra tão traumatizada que agora joga seus medos sobre um inocente.
Há em "A Morte e a Donzela" a preocupação permanente em Polanski: a existência do horror e da maldade como uma entidade.
Enfim, tudo o que há de mais estranho e instigante na obra de um diretor único.

Filme: A Morte e a Donzela
Direção: Roman Polanski
Produção: EUA, França, Inglaterra, 1994

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