São Paulo, domingo, 23 de novembro de 1997 |
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Livro faz 'triângulo brasileiro' funcionar
LUÍS CURRO
Em "The Triple Post Offense" (em português, algo como "o ataque de três vértices"), livro obtido por Marcel junto ao Chicago Bulls, baseiam-se várias jogadas ofensivas do time de Barueri (27 km a oeste de São Paulo). Com 16 vitórias e 4 derrotas, o Bandeirantes, estreante no campeonato, está na terceira colocação, atrás de Marathon/Franca e Polti-COC/Ribeirão, e tem, disparado, o melhor ataque, com média de 116 pontos por jogo (em segundo está o Polti-COC, com 99,2). A equipe conta com Oscar -cestinha do Paulista, com média de 40,5 pontos por jogo. Mas, segundo o próprio jogador, não é ele o responsável pelo sucesso. "O mérito é do Marcel, cujo esquema de jogo facilita tudo", diz. O esquema de jogo implantado por Marcel não é fácil de ser explicado. Trata-se de uma tentativa de copiar o sistema ofensivo empregado pelos Bulls nesta década, que proporcionou à equipe cinco títulos da NBA nos últimos sete anos. O estilo do Bandeirantes alia rapidez e criatividade. Para Marcel, resultado de uma mescla do sistema de triângulos (usado no ataque dos Bulls) com o jogo de transição (ataque rápido que pega os adversários fora de posição na defesa). Fracasso em Guarulhos Marcel já havia tentado implantar o sistema na última temporada, no Guaru. Não teve sucesso por dois motivos, relatou ele. O primeiro, a fragilidade da defesa do time de Guarulhos. Por mais pontos que o ataque fizesse, a defesa tomava mais. O segundo, o pouco conhecimento. Ainda sem o livro, que só conseguiu em junho último, pouco antes do início dos treinos do Bandeirantes, ele tentava implantar o sistema no "olhômetro". "Em 96, passei sete meses vendo jogos e teipes (dos Bulls) para desvendar as variações, mas meus jogadores não entendiam", disse Marcel. "Nem os comentaristas da NBA conseguiam explicar." Em maio deste ano, mês em que os Bulls ganharam seu último título, o armador Duda, em pesquisa na Internet, encontrou uma entrevista com Fred "Tex" Hunter, auxiliar-técnico da equipe de Chicago e autor do livro, que explicava como obter uma cópia. "Era só mandar uma carta para o Chicago, mais US$ 40,00, com o pedido. Fiz isso. Dias depois, chegou o livro", afirmou Marcel. Depois de ter lido a primeira parte do livro (apenas as primeiras 56, de 230 páginas, "ensinam" o sistema), Marcel concluiu que seu conhecimento cresceu quatro vezes. "Eu achava que o triângulo era aquilo (que via na TV). Mas só sabia uns 20%. Agora, sei os 100%." Ao finalmente "entender" o sistema, Marcel diz que ficou fácil ensiná-lo aos jogadores. "Não é nada do outro mundo. Basta saber passar bem a bola." NA TV - Peruíbe x Banco Bandeirantes; Manchete, ao vivo, às 9h30 Texto Anterior: Pierce e Novotna fazem final em NY Próximo Texto: Sistema se baseia em 6 pontos Índice |
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