São Paulo, domingo, 23 de novembro de 1997
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'Trabalho social' é testado

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL

Há uma segunda forma de combater o desemprego que se vai generalizando: o chamado trabalho social.
O novo governo socialista francês deu impulso à idéia, ao anunciar que seriam contratadas 350 mil pessoas para trabalhos como guia de museus, cuidar de idosos em casa ou de edifícios históricos.
A Comissão Européia, o braço executivo do conglomerado de 15 países, comprou essa tese francesa.
No seu relatório para a Cúpula Social, a comissão diz:
"Essas novas fontes de emprego (o trabalho social) precisam ser exploradas mais decididamente, particularmente no que diz respeito a serviços para pessoas e comunidades locais, ou para setores sem finalidades lucrativas."
Martine Aubry, a ministra francesa do Emprego e da Solidariedade, diz que a diária de um hospital da Seguridade Social custa aproximadamente 3 mil francos (cerca de R$ 600), o suficiente para pagar três ou quatro pessoas para cuidar do doente a domicílio.
Seu colega holandês está lançando um plano ainda mais ambicioso: a criação de 100 mil postos de "trabalho social". É muito em um país como a Holanda, em que os desempregados são 350 mil.
O esquema francês fixa em cinco anos a duração desses contratos. Seria uma maneira de inserir os jovens ou reinserir os mais idosos no mercado, para que, depois, em tese, passem ao mercado normal.
(CR)

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