São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 1997 |
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O vale-tudo
NELSON DE SÁ
Foi a avaliação de Paulo Henrique Amorim, diante do que o governo está movendo para aprovar a quebra da estabilidade, hoje. Vale "usar a crise da Ásia", que ontem carregou a tela de imagens e manchetes dramáticas. Uma: - Casal se mata porque a Bolsa caiu... Segue a cena do investidor japonês enfurecido, seguro por um policial, e: - Desespero dos clientes para sacar o dinheiro... Investidores chorando. E surge um tucano, o líder do governo no Congresso, empostando gravidade: - A queda da Bolsa no Japão esta madrugada mostra que o Brasil precisa ter muita responsabilidade. Era referência ao Congresso. Outra, de outro empertigado líder tucano: - É fundamental que todos os partidos que compreendem a gravidade da crise caminhem no mesmo sentido: avançar nas reformas. Semana que vem nós discutiremos, aí sim, eventuais ajustes no pacote fiscal. Repetia o que talvez FHC tenha falado a ACM, porque sumiram os porta-vozes pefelistas, notadamente Inocêncio Oliveira. Ontem só havia tucano na televisão. Mas o "vale-tudo" é expresso melhor na ressurreição de Sérgio Motta. Das manchetes e piadas de ontem: - Sérgio Motta assume base governista... O governo decide investir pesado... Agora "vale tudo". * Mas não se calaram ACM e seus pefelistas. Registro na Globo News: - O PFL entregou à Receita alternativas ao aumento do Imposto de Renda e aos cortes nos incentivos para as regiões Norte e Nordeste e para a Zona Franca de Manaus. Começou no imposto, passou aos incentivos ao Nordeste, depois ao Norte e já chegou à Zona Franca. O PFL não tem medida. Texto Anterior: Plano cria zona franca às avessas Próximo Texto: MST protesta contra Incra em 8 Estados Índice |
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