São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SFI pode atrair estrangeiros para o setor imobiliário

DA REPORTAGEM LOCAL

O SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), ao criar a alienação fiduciária, torna possível a atração do capital estrangeiro para o setor da construção civil.
A opinião é Roberto Capuano, presidente do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis).
A alienação fiduciária garante o direito de uma rápida retomada do imóvel em caso de inadimplência.
Com ela, fica mais fácil "a entrada de investimentos estrangeiros de longo curso, pois diminui a taxa de risco do investidor", diz ele.
Capuano afirma que esses investimentos representariam um salto de qualidade para o "promissor mercado" da construção civil brasileira. Mas existem resistências quanto à entrada do capital estrangeiro no país.
No entender de Capuano, o que torna o mercado estimulante é o fato de que, só no Estado de São Paulo, "1,5 milhão de famílias que pagam aluguel precisam de imóveis. É um atrativo considerável".
Os recursos externos seriam destinados ao financiamento do comprador final, por meio do sistema de carta de crédito.
O presidente do Creci diz acreditar que a "superação da crise pode acontecer via crescimento imobiliário".
Mas, para que isso ocorra, a indústria nacional da construção civil precisa superar o medo da concorrência estrangeira, "mais forte e especializada", diz ele.
Capuano afirma também que a crise atual está se refletindo positivamente no mercado imobiliário.
Para ele, a procura por imóveis novos está aumentando porque "aqueles que possuíam uma poupança de reserva estão se deslocando claramente seus recursos para a compra de imóveis prontos".

Texto Anterior: Shoppings fazem promoções para tentar contornar a crise
Próximo Texto: Setor vende 6,04% menos até outubro
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.