São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 1997 |
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Último bimestre é determinante
DA REPORTAGEM LOCAL Novembro e dezembro são meses determinantes para a cultura. É nesse período que ocorre a maior fatia dos investimentos -pois as empresas já calcularam quanto devem ao Imposto de Renda- e as projeções de recursos para o ano seguinte.Mas os resultados dessas projeções só devem vir à tona a partir de abril, quando as empresas iniciam os investimentos do ano. E o "aperto no cinto" pode ocorrer. Empresas que já utilizam marketing cultural há algum tempo, como Unibanco e Real, ainda não divulgaram quanto reservam para a cultura. A Shell, pioneira no marketing cultural no Brasil, é uma das raras que já garante manter o orçamento para a área. É preciso lembrar que os financiamentos culturais em 97 não foram atingidos pela crise econômica e pelo pacote de medidas. O que mais preocupa os produtores culturais no momento já foi contornado pelo governo ou, pelo menos, prometido. É que, no texto atual da medida provisória, abatimentos com cultura, vales-transporte e vales-refeição foram colocados sob um mesmo teto de 4%. No entanto, de acordo com o secretário de Apoio à Cultura, José Álvaro Moisés, isso foi um "erro técnico" e a cultura terá, já a partir de 1º de janeiro, a garantia do teto de 4% apenas para si. Isso representa um corte de 20%, já que o limite máximo para o uso das leis de incentivo (Rouanet e do Audiovisual) era de 5% do Imposto de Renda devido. Texto Anterior: Privatização pode trazer problema Próximo Texto: Cai captação pela Lei do Audiovisual Índice |
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