São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 1997
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Entenda o isolamento líbio

DA REDAÇÃO

Acusado pelo Ocidente de patrocinar o terrorismo, o regime do ditador Muammar Gaddafi, na Líbia, país árabe do norte da África, foi isolado internacionalmente por sanções econômicas.
Um dos motivos de desavenças entre o país e a comunidade internacional diz respeito ao atentado a um avião da Pan Am, em 88, sobre a cidade escocesa de Lockerbie. Britânicos e americanos pedem à Líbia a extradição de dois suspeitos da ação, que matou 259.
Gaddafi assumiu o controle da Líbia em 1969, após liderar um golpe militar e pôr fim à monarquia no país. Instaurou o monopartidarismo de orientação socialista e pan-arabista.
Já nos primeiros meses de seu governo, o ditador líbio comprou briga com os europeus e americanos, nacionalizando as empresas de capital estrangeiro.
Nos anos 70, a Líbia se engajou na defesa da causa nacional palestina. O Estado incentivava ações terroristas contra alvos judeus. Os americanos também foram visados -como em um incêndio de uma discoteca lotada de soldados americanos, em 1986, em Berlim. Militantes líbios estão sendo julgados pelo ataque atualmente.
A partir daí, os EUA romperam relações diplomáticas e impuseram sanções econômicas contra o país. No mesmo ano, bombardearam Trípoli e Bengazi, matando 37 pessoas, entre elas uma filha adotiva de Gaddafi. Desde 92, o dirigente tenta moderar sua política e retomar contato com o Ocidente.

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