São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 1997
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CARLOS SARLI

Parece ser um site na Internet, mas na verdade essa é a fórmula de sucesso do primeiro Mundial de windsurfe realizado na América do Sul, terminado no último dia 16, em Porto das Dunas, Ceará.
"Wind, Wave, Weather", coisas que não faltam no Ceará, fizeram com que o Ceará Wind Grand Slam fosse não somente a etapa mais esperada do circuito 97, como também a mais disputada. O desconhecimento das condições, o desejo de todos em conhecer o Brasil e o fato de que daqui sairia o campeão mundial de windsurfe nas ondas e overall (race e wave) de 97 justificavam a expectativa.
Desde os velejadores mais velozes, como os mais atirados, famosos pelas acrobacias e pela coragem em dropar as maiores ondas do mundo em Jaws, Havaí, estiveram presentes.
Entre eles, o dinamarquês naturalizado espanhol Bjorn Dunkerbeck, o maior fenômeno do esporte em todos os tempos. Após conquistar seu décimo Mundial Overall, ele destacou: "A cada ano o Mundial fica mais disputado e isso é muito excitante, eu nem penso em parar de competir".
Palavras significativas que refletem o espírito dos praticantes do esporte, mesmo os amadores. Quem começa não pára. E hoje, com equipamentos mais eficientes, leves e práticos, até pessoas com idade avançada continuam ativas no esporte.
Com a transmissão da etapa para mais de 20 canais de TV no mundo, o Brasil teve a chance de mostrar seu potencial. A PWA (Professional Windsurf Association), em conjunto com a ABPV (Associação Brasileira de Prancha à Vela) e a Arrow Marketing, programa, já para 98, a promoção de várias etapas do Mundial por aqui.
De resto, faltou no Ceará apenas um quarto dabliu, o de Women, que deve sobrar na etapa de encerramento do circuito brasileiro na próxima semana no Pepê, Barra da Tijuca, Rio.

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