São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 1997
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FHC contesta alta do desemprego

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para o presidente, taxa pode ser "manipulada com grande leveza"

FHC contesta aumento do desemprego
O presidente Fernando Henrique Cardoso criticou ontem os métodos utilizados na pesquisa que constatou que o índice de desemprego foi recordista em outubro, ao atingir 16,5% em São Paulo -o equivalente a 1,428 milhão de desempregados.
"Taxa de desemprego se manipula no Brasil com grande leveza", disse FHC. Segundo sua argumentação, o dado levou em consideração todos os jovens com idades entre 10 e 24 anos, independentemente de estarem ou não procurando emprego.
"É por isso que dá 16%, enquanto no IBGE dá 6%", disse.
Os números, divulgados anteontem, são da pesquisa Fundação Seade e Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a partir da PEA (População Economicamente Ativa) de São Paulo.
Oferta
FHC disse que, no futuro, a oferta de mão-de-obra será menor porque a população tende a ter menos filhos enquanto o oferecimento de empregos pode ser maior.
"A oferta de mão-de-obra no Brasil é declinante, não é crescente", afirmou. "Então é um índice que tem que ser visto no seu contexto. Ele serve para medir algumas coisas, mas não mede outras."
FHC afirmou que a sociedade está disposta a oferecer empregos e criar condições de trabalho. Ele falou durante a solenidade de lançamento do Programa Federal de Racionalização e Adequação da Frota de Ônibus Urbano.

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