São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 1997 |
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BC japonês injeta US$ 4 bi em bancos
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O Banco do Japão (banco central do país) injetou ontem, no sistema financeiro japonês, 500 bilhões de ienes -o equivalente a US$ 4 bilhões.Parte desses recursos foi emprestada diretamente aos bancos sob a forma de taxa de redesconto, com juros de 0,5% ao ano. A Bolsa de Valores de Tóquio reagiu bem à iniciativa do governo japonês e registrou alta de 3,48%. O índice Nikkei -que reúne as 225 ações mais valorizadas- ganhou 557,65 pontos e encerrou o dia em 16.603,20 pontos. As autoridades do país conseguiram estabilizar principalmente a cotação das ações dos bancos, que vinham sendo desvalorizadas nos últimos dias. "O Banco do Japão não tinha alternativa. Se não houvesse dado a liquidez necessária, a crise se desenvolveria de forma espetacular", disse um investidor. Neste mês, quatro instituições financeiras quebraram no país: a Sanyo Securities, o banco comercial Hokkaido Takushoku -entre os dez maiores bancos do país-, a Yamaichi Securities -quarta maior corretora- e o Tokuyo City, um pequeno banco regional. Na quarta-feira, o Ministério das Finanças e o Banco do Japão já haviam publicado um comunicado para tentar tranquilizar os investidores. "A rápida evolução da posição do governo diminuiu os temores de uma crise financeira", disse um corretor. Yasuda Trust O Yasuda Trust, que teve sua nota rebaixada esta semana pela agência norte-americana Standard & Poor's e estava sendo apontado como a próxima instituição financeira a pedir falência, divulgou ontem um plano de reestruturação e de capitalização. O banco, que ocupa o terceiro lugar no ranking dos maiores do país, decidiu lançar as medidas após saber que uma grande quantidade de clientes havia comparecido às filiais para sacar seus depósitos. O anúncio do Yasuda Trust também contribuiu para estabilizar o mercado. O dólar se manteve estável em relação ao iene. Nas últimas operações do dia, o dólar estava cotado a 127,11 ienes. Texto Anterior: Brasil pára em 98, prevê a Economist Próximo Texto: Executivo presta depoimento Índice |
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