São Paulo, domingo, 30 de novembro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Conferência fixa meta contra aquecimento MAURÍCIO TUFFANI MAURÍCIO TUFFANI; OTÁVIO DIAS
OTÁVIO DIAS Começa amanhã em Kyoto, no Japão, a reunião de representantes de cerca de 160 países que deverá definir, ao final de dez dias, o compromisso de controlar os gases poluentes causadores do aquecimento do planeta. O encontro deverá polarizar países desenvolvidos e subdesenvolvidos. O controle dos chamados gases-estufa (veja quadro abaixo), implica restrições às atividades industriais e ao consumo de carvão, petróleo e outros combustíveis. Os países industrializados se propõem a limitar as suas emissões de gás carbônico a partir de 2010, enquanto a Austrália pretende aumentar os seus níveis. Os países em desenvolvimento, como o Brasil, não querem limites. A Convenção do Clima, assinada em 1992 durante a 2ª Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92), estabeleceu o controle dos gases-estufa a partir de 2000, mas isso não foi cumprido. O novo prazo, em torno de 2010, foi estabelecido em reuniões realizadas em 1995 (Berlim, Alemanha) e em 1996 (Genebra, Suíça). Organizações não-governamentais, que acompanham as negociações sobre o clima desde 1991, propõem que, a partir de 2010, os países industrializados limitem suas emissões a 80% dos níveis de 1990. Apesar de estar entre os principais poluidores, e de não aceitar limites para suas emissões, o Brasil propõe multas para os países que ultrapassarem as metas a serem fixadas na reunião. Informações sobre a Convenção Quadro de Mudanças Climáticas podem ser obtidas na Internet nos sites do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (www.ipcc.ch), do Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil (www.mct.gov.br) e da entidade Vitae Civilis (www.alternex.com.br/vcivilis) Texto Anterior: Exército fala em 'sonâmbulo e esfomeados' Próximo Texto: Entenda o aquecimento global Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |