São Paulo, domingo, 30 de novembro de 1997
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Madeireira adere a selo 'verde' para crescer

The Wall Street Journal
de Nova York

DO "THE WALL STREET JOURNAL"

"Por 156 anos o negócio de madeira para David Pingree e seus descendentes se resumiu a cortar e vender madeira de suas vastas propriedades para madeireiras e fábricas de papel", escreve o jornal.
Em 1993, a Seven Islands Company, como a empresa da família Pingree é chamada, aderiu ao "certificado verde", conta o "Wall Street".
"Deveria funcionar assim: companhias provam para uma organização independente que estão trabalhando de maneira a minimizar o impacto ambiental e ganham o direito de pôr em seus produtos o selo de companhia amiga do meio ambiente", diz o diário.
Segundo o jornal, na prática está funcionando assim: a Seven Islands está manejando suas terras de forma a atrair pássaros que comem insetos a fim de evitar que a áreas desflorestadas fiquem infestadas.
Árvores selecionadas
A empresa também está usando técnicas sofisticadas de cortar árvores selecionadas, mesmo quando limpar tudo parece mais fácil, diz o jornal.
"O selo dá acesso a mercados que, de outra maneira estariam totalmente fechados para a companhia", disse John Cashwell, presidente da Seven Islands ao "Wall Street"'.
A empresa têm expandido suas vendas para áreas dos EUA e mesmo da Europa, onde o movimento ambientalista é muito mais forte do que entre os americanos.
O certificado está sendo impulsionado pelo Conselho de Manejo de Florestas, um organização sem fins lucrativos com sede em Oaxaca, no México.
"Ela é financiada, entre outros, pela União Européia, pelos governos de vários países, pela WWF e pelas fundações Ford e MacArthur, dos EUA", informa o "Wall Street Journal".
A Associação Americana de Floresta e Papel, no entanto, não se entusiasma com o projeto. Ela diz que o certificado não tem rigor científico e que incentiva exploração ineficiente dos recursos.

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