São Paulo, domingo, 30 de novembro de 1997
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Lésbicas invisíveis

ANDRÉ FISCHER

Visibilidade no movimento homossexual, é a possibilidade de ter a opção sexual reconhecida, sem culpas, pela sociedade. Esse é um dos avanços que possibilitou aos homossexuais, sobretudo aos homens, saírem dos guetos.
A maioria das lésbicas brasileiras, no entanto, parece continuar invisível. Essa é a opinião de Shari Flot, diretora do New York Lesbian and Gay Experimental Film Festival. A americana ponderou que, mesmo sendo mais difícil encontrar lésbicas do que gays em todo o mundo, o Brasil a surpreendeu. "Até na África existe maior liberdade de expressão em público. Nos EUA, já são discutidas novas formas de expressão 'dyke', como a sexualidade explícita e sadomasoquismo feminino", diz. .
As ativistas tremem com a possibilidade da existência de um número pequeno de mulheres homossexuais. A explicação oficial sempre fala da repressão feminina, de como mulheres formam casais com mais facilidade e de suas vidas mais caseiras. Mas o fato é que são realmente difíceis de encontrar.
Recentemente, a cantora e jornalista Vange Leonel conclamou as meninas a viverem fora do armário e se fazerem respeitar como consumidoras, prestigiando iniciativas empresariais e jornalísticas dirigidas a elas. É ainda a maneira mais prática de mostrar que a palavra homossexual se refere aos dois gêneros.

e-mail: afischer@uol.com.br

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